Roberta Mardegam, diretora pedagógica do Colégio Jardim França, e Rosa Maria Castanho, mantenedora da instituição, participaram de mais uma vivência pedagógica: uma viagem à Finlândia para conhecer o sistema de ensino e as escolas do país que ocupa os primeiros lugares na avaliação internacional da qualidade da educação há anos. A viagem de estudos faz parte da missão pedagógica internacional do PEA, programa de escolas associadas à Unesco, e teve um sabor diferente das outras, especial. “Desta vez, mais do que aprendizados, trouxemos na bagagem a certeza de que estamos no caminho certo”, destaca a diretora.

Roberta Mardegam explica que a Finlândia se destaca até mesmo se considerados os padrões europeus de educação. “O que pudemos perceber é que, assim como em outros país, principalmente na Europa, a Finlândia investe muito no protagonismo do aluno”, ressalta. “Eles trabalham bastante a autonomia da criança, desde muito cedo”.

“Na hora de comer, por exemplo, a criança se serve e traz a bandeja para a mesa sozinha, fazendo suas escolhas e pensando em não desperdiçar alimentos”, afirma Roberta. “Claro que as crianças se deparam com situações inusitadas, mas elas mesmas resolvem, se organizam. E sempre há um professor observando de longe e analisando o desenvolvimento de cada aluno”.

A ideia é que o próprio aluno possa resolver os problemas que enfrenta. E assim continua no decorrer dos anos, com o desenvolvimento de conteúdo, de pesquisa ou no momento de procurar argumentos para uma discussão. “É um investimento no aluno que procura, que pesquisa e que resolve o que está sendo proposto, que consegue se movimentar dentro dos problemas e resolvê-los”, complementa a diretora.

Outro investimento das escolas finlandesas é na capacitação dos professores. “Percebemos que isto é algo importante em qualquer lugar do mundo”, conta Roberta. “E ficamos felizes por ver que já estamos fazendo isso com a nossa equipe no Jardim França”.

Em relação aos equipamentos disponíveis nas escolas, o Jardim França também está no rumo certo. “Tudo que eles apresentaram lá, nós também usamos aqui”.

Unesco

Da Finlândia, Roberta e Prô Rosa foram a Paris, na França, visitar a sede da Unesco. Ali, além de conhecer a entidade, elas participaram de palestra com Sabine Detzel, coordenadora internacional das escolas associadas da Unesco. “A coordenadora fez questão de reforçar a todo momento que estávamos na nossa casa, que a Unesco é a casa de cada uma de nós, escolas associadas”, conta Roberta. “Isso nos trouxe um sentimento de pertencimento muito bacana. Algo que por vezes parece tão distante, ela trouxe para muito perto”.

Além disso, Sabine Detzel disse que o Brasil é o melhor grupo de escolas associadas do mundo. Segundo a coordenadora, é o grupo que mais participa, que mais faz ações, que faz com que os alunos realmente trabalhem nos preceitos propostos pela Unesco. “Eles estão muito satisfeitos com a gente. O trabalho que temos desenvolvido no Brasil está sendo muito reconhecido. Pudemos perceber que fazemos parte de um grupo de elite da educação não apenas na parte pedagógica, acadêmica, mas também na formação de valores, formação de um cidadão integral”.

“Voltamos desta viagem de estudos com a certeza de que estamos no caminho certo”, afirma Roberta. “Nas primeiras viagens, a bagagem de aprendizado que trazíamos era enorme. Aos poucos, colocamos em prática o que aprendemos e, desta vez, nossa bagagem veio cheia desta certeza de que o nosso trabalho está indo na mesma direção da melhor educação do mundo”.